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Propriedades orgânicas e trabalho voluntário

Passeando pela internet encontrei oportunidade de emprego temporário em fazendas na Nova Zelândia, já tinha ouvido falar de coisas do gênero, mas nunca procurado nada a respeito e achei uma possibilidade interessante de se conhecer esse país. Resolvi perguntar para um conhecido que mora lá sobre esse tipo de trabalho e se ele sabia de algo mais também sobre fazendas orgânicas e talz. Pois bem, ele me passou o link de uma organização sensacional a World Wide Opportunities on Organic Farms (WWOOF) (Rede mundial de oportunidades em Fazendas Orgânicas).

foto: http://tinyfarmblog.com/japan-to-the-field/

Essa rede une propriedades com produção orgânica e pessoas querendo aprender mais sobre o assunto, essas propriedades oferecem estadia, comida e as pessoas trabalham voluntariamente, simples assim.

Para você achar uma fazendoa que te receba você tem que se inscrever como membro pagando $38 a anuidade. Ai você escolhe a fazenda, entra em contato com os proprietários e combina tudo com eles.

A fundadora dessa rede que existe desde muito antes da internet (desde a década de 70) Susan Coppard conta um pouco dessa experiência na revista Vida Simples.

O casal do blog Casa na Viagem está viajando por várias fazendas brasileiras que pertence ao WWOOF e mostrando um pouco de cada uma, pelo relato deles, não consegui entender se necessariamente eles estão fazendo trabalho voluntário em cada uma delas, mas dá pra ter uma ideia de como são as fazendas e as belezas de cada uma delas.

Tô pensando seriamente em me aventurar numa fazendas dessas ao redor do mundo, alguém tem alguma experiência para contar?

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As araras maracanã estão sumindo da caatinga

Uma pesquisa recente no Rio Grande do Norte mostrou sinais preocupantes da redução das populações de arara maracanã-verdadeira (Primolius maracana) na caatinga. A situação da ave é bem conhecida no Sul e Sudeste do Brasil. Mas sua condição no Nordeste, mais crítica, é pouco investigada ainda. O estudo, feito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pela Fundação Norte Rio Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) concluiu que a população dessa ave na Serra da Santana, no estado, está em declínio. O levantamento foi financiado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

“Moradores relataram que, antigamente, os bandos que eles observavam eram muito maiores e chegavam a ter até 30 aves. Agora, os bandos são menores, com cerca de 8 ou 10, raramente mais que 10 aves”, diz Mauro Pichorim, coordenador do estudo. A equipe está estudando a sugestão de áreas de conservação para garantir a sobrevivência das aves na região. E a instalação de caixas que funcionam como ninhos artificiais, para facilitar a reprodução da espécie.

A caatinga é um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo. É considerado um dos hot spots de biodiversidade pela riqueza da fauna e flora e pela velocidade como que os ambientes naturais estão acabando. A ararinha azul, estrela do desenho “Rio”, extinta na natureza, foi uma das vítimas dessa devastação.

(Alexandre Mansur)

Fotos: Departamento de Botânica, Ecologia e Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Comunidade científica pede que o Código Florestal não seja votado

Desastre, tragédia… Os termos escolhidos por cientistas e pesquisadores para definir o que acontecerá caso o novo Código Florestal seja aprovado são, propositalmente, de causar medo. Nos últimos dois anos, a discussão sobre o que deveria ser modificado na lei foi polarizada entre ambientalistas e ruralistas. Por essa razão, a entrada em cena, no começo deste ano, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), tem tanto significado.

Membros da SPBC elaboraram juntamente com os da ABC um documento em que dão seu parecer técnico com o justo intuito de embasar as discussões de forma isenta aos interesses de um lado ou de outro.

Para a votação que deve ocorrer na tarde de hoje no Senado, os senadores têm em mãos a carta enviada na semana passada pela presidente da SBPC, Helena Nader. No texto, Helena pede que a proposta do novo Códigonão entre em votação sem que tenham sido incorporadas as recomendações da comunidade científica.

Também afirma que uma lei sem base científica significará um retrocesso ambiental que inviabilizará inclusive o agronegócio brasileiro. “Vossa Excelência tem o poder de evitar que a votação do novo Código Florestal entre para a história do Brasil como um dos maiores equívocos já cometidos por nossos parlamentares, propondoemendas que aperfeiçoem o texto do PLC 30/2011 e lutando para que sejam aprovadas no Plenário do Senado, antes de voltar para a Câmara dos Deputados”, diz o texto.

Confira abaixo os pontos que devem ser revistos, segundo a SBPC:

As Áreas de Preservação Permanente (APPs) de cursos d’água devem ser consideradas desde o seu nível mais alto em faixa marginal. A situação existente entre o menor e o maior leito sazonal (as várzeas, os campos úmidos, as florestas paludícolas e outras) deve receber na lei, o mesmo status de proteção das APPs, pois  sua conservação garante a manutenção dos serviços ambientais.

Em uma reportagem publicada hoje no jornal O Estado de São Paulo, a pesquisadora Maria Tereza Piedade, diretora do grupo dedicado às áreas úmidas do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa) alerta que as florestas inundáveis (que ficam debaixo da água durante o período chuvoso amazônico) ocupam 400 mil quilômetros quadrados. A área equivale ao tamanho de dois estados de São Paulo. Somados os diversos tipos de áreas úmidas (várzeas, mangues), a área alagada chega a 1,5 milhão de quilômetros quadrados.

Vista da Floresta Amazônica. (Foto: Wikimedia Commons)

O Código Florestal não deve admitir práticas da aqüicultura em APPs nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais. Isto permitirá atividades de carcinicultura (criação de camarão) em áreas de mangue e qualquer outro tipo de aqüicultura, inclusive com espécies exóticas, em qualquer tipo de APP.

O módulo fiscal é uma unidade de medida determinada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que varia de acordo com o estado. Ele pode medir de 5 a 110 hectares.

A definição dos limites de área e período máximo para pousio deve considerar as peculiaridades de cada bioma. Em APPs, o pousio deve ser aplicado apenas para a regulamentação das práticas agrícolas de comunidades tradicionais, respeitando as suas peculiaridades.

Pousio é a interrupção da colheita por tempo determinado a fim de recuperar a fertilidade do solo.

O novo Código não deve admitir o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel. Não se justifica cientificamente tal inclusão pois as APPs e RLs apresentam estruturas e funções distintas e comunidades biológicas complementares.

O Artigo 67, §3º que trata da recomposição da Reserva Legal deve explicitar que o uso de espécies exóticassomente será permitido de forma temporária, nas fases iniciais da restauração e combinado com o uso de espécies nativas regionais.

A permissão do uso de espécies exóticas em até 50% da RL é extremamente prejudicial para as principais funções da RL: conservação da biodiversidade nativa e uso sustentável de recursos naturais, que são as motivações originais para a instituição da RL.

Esta conservação abre a possibilidade de um diferencial a favor da agricultura brasileira, como agricultura com sustentabilidade ambiental. O uso de espécies exóticas na RL vai anular esse diferencial.

 

fonte:revista época

A China já consome metade do carvão do mundo

A China já consome metade do carvão do mundo. Essa é a fonte mais suja de energia, do ponto de vista da atmosfera. O carvão mineral, que queima nas termelétricas do mundo, e principalmente da China, é o combustível que mais emite gás carbônico para cada watt gerado. Como é um material ainda abundante e barato, é difícil convencer os países emergentes asiáticos a abrir mão do recurso, em nome do equilíbrio do clima global.

Segundo um levantamento recente do Centro de Informações Energéticas (EIA) do governo americano, a demanda por carvão quase dobrou desde 1980 no mundo. O consumo na Ásia cresceu 5 vezes. Cerca de 73% do consumo da região é da China. O gráfico animado está no site da EIA.

Por mais que a China invista em energia hidrelétrica (com a construção de Três Gargantas, a maior do mundo) ou energia eólica (área onde o país já é lider mundial), continua presa ao carvão. É por isso que, no acordo climático recentemente firmado em Durban, o país só promete reduzir quanto carbono emite por dólar gerado.

(Alexandre Mansur)

Ruminantes, plantas e efeito estufa

O metano (CH4) é um dos gases que causam efeito estufa na atmosfera terrestre, e é produzido pela fermentação entérica anaeróbica de alimentos de vários animais, principalmente os ruminantes (dentre os quais o gado bovino, as cabras, e ovelhas e cavalos). O problema é que o gás metano apresenta um “efeito estufa potencial” 21 vezes maior do que o dióxido de carbono (CO2). Além disso, estima-se que a população mundial de ruminantes é responsável pela produção de 15% de todo o gás metano da atmosfera. Finalmente, o metano produzido pelos ruminantes representa cerca de 2 a 15% de perda de energética dos alimentos destes animais.O metano produzido por ruminantes é reconhecidamente um problema ambiental. 

Consequentemente, o investimento em pesquisa para se minimizar a produção de metano por ruminantes têm sido significativo. Foram desenvolvidos vários aditivos químicos para serem incorporados ao alimento do gado para se diminuir a produção de metano. Porém, vários destes aditivos apresentam certo grau de toxicidade, e atuam apenas de maneira parcial; muitos não são completamente degradados no trato digestivo destes animais, e podem gerar resíduos químicos indesejáveis; finalmente, alguns destes aditivos são antibióticos para reduzir a flora de bactérias que produzem metano (bactérias metanogênicas), e estas bactérias podem adquirir resistência a estes antibióticos. Ou seja, tais aditivos químicos estão longe de ser a solução ideal para a redução da emissão de gases metano por ruminantes.

Uma alternativa é o uso de plantas que apresentam substâncias químicas que inibem bactérias metanogênicas, ou ainda a produção de metano por estas bactérias. Estas plantas apresentam substâncias químicas conhecidas como produtos do metabolismo secundário (produtos naturais), que interagem com os micro-organismos da flora dos ruminantes e podem contribuir significativamente para a redução da produção de metano.


Saponinas
Saponinas são derivados de triterpenos glicosilados. Triterpenos são substâncias com 30 átomos de carbono, ou menos (porque alguns átomos de carbono são eliminados nos caminhos bioquímicos que levam à formação dos “triterpenos degradados”). Por exemplo, os esteróis e esteróides se originam de uma cadeia de 30 átomos de carbono, a qual pode ser diminuída a até 25, dependendo de como estas substâncias são formadas. As saponinas são triterpenos ou esteróis modificados, ligados a uma ou mais de uma molécula de açúcares (existem 8 açúcares naturais com seis átomos de carbono, as hexoses). O nome “saponina” se origina do fato que muitas destas substâncias atuam como detergentes, até mesmo produzindo espuma em meio aquoso. As saponinas têm ampla distribuição no reino vegetal.

Observou-se que grandes concentrações de saponinas causam efeito direto sobre as bactérias metanogênicas, fazendo com que estas diminuam a produção de metano. Algumas saponinas diminuem a atividade de genes reguladores da produção de metano, ou a taxa de produção de metano em células metanogênicas. Alguns protozoários presentes no trato digestivo de ruminantes também podem produzir metano, e algumas saponinas apresentam ação anti-parasítica contra estes protozoários, ligando-se às suas membranas celulares.

A sarsaponina, presente no amido da batata, é a saponina mais efetiva como redutora da metanogênese.

O mais interessante é que a presença de saponinas em plantas adicionadas ao alimento dos ruminantes não diminui a palatabilidade dos alimentos, ou a sua assimilação. Ou seja, a utilização de plantas com saponinas não diminui a qualidade nutricional dos alimentos oferecidos para ruminantes. Na verdade, em alguns casos a presença de saponinas nos alimentos dos ruminantes parece estimular o apetite destes animais. A eventual perda de “digestibilidade” devido à presença de saponinas é que estas podem apresentar atividade anti-bacteriana ou anti-fúngica contra micro-organismos celulolíticos presentes no trato digestivo dos ruminantes. Estes micro-organismos têm enzimas que degradam a celulose presente nos vegetais dos quais os animais se alimentam. Este é o único impedimento observado no caso de se utilizar plantas com saponinas como aditivo aos alimentos de ruminantes.

Taninos
Taninos são polímeros polifenólicos hidrossolúveis (solúveis em água), alguns de alto peso molecular, que podem se agregar com proteínas. Os taninos estão presentes em muitas plantas utilizadas na alimentação de ruminantes, como gramíneas, legumes, frutas, cereais e grãos.

Não se tem informações precisas sobre os efeitos de taninos sobre bactérias metanogênicas. A ação anti-metanogênica dos taninos pode estar relacionada à inativação de proteínas funcionais (enzimas). Além disso, a ação dos taninos depende do tipo de tanino presente na planta incluída na dieta dos ruminantes, bem como da quantidade em que estão presentes nestas plantas. Provavelmente sua ação também inclui a inibição do crescimento de bactérias metanogênicas, bem como uma possível ação bactericida.

Vários tipos de plantas utilizadas na alimentação de ruminantes apresentam taninos que promovem a diminuição da produção de metano pelas bactérias metanogênicas. Também alguns frutos utilizados para o mesmo fim podem reduzir a produção de metano. O problema é que várias bactérias desenvolvem a capacidade de metabolizar taninos, e estes perdem sua eficácia após algum tempo de uso na ração de ruminantes. Bactérias metanogênicas outras do que aquelas encontradas nos animais mostraram ser suscetíveis a taninos até por 2 meses, no máximo.

Outro problema associado à inclusão de plantas com taninos na dieta de ruminantes é que os taninos afetam a palatabilidade do alimento, bem como da digestibilidade do alimento. Taninos podem ser incluídos em até no máximo 5% do total dos aditivos adicionados à dieta dos animais. A ação antibiótica dos taninos pode comprometer a flora digestiva dos ruminantes, prejudicando sua capacidade de digestão. Logo, o uso de taninos para reduzir a metanogênese apresenta eficácia limitada.


Óleos essenciais
Os óleos essenciais vegetais constituem a parte volátil da composição das plantas. São substâncias químicas de baixo peso molecular, frequentemente utilizadas como aromatizantes e flavorizantes (para melhorar o aroma e o sabor de alimentos). Os dois principais grupos de constituintes dos óleos essenciais são os terpenos e os derivados fenilpropanoídicos. Dentre os primeiros se incluem os monoterpenos (com 10 átomos de carbono) e os sesquiterpenos (com 15 átomos de carbono). Já os derivados fenilpropanoídicos são formados por 9 átomos de carbono.

Os terpenos são extremamente diversificados, e estão presentes em todas as plantas. Já os derivados fenilpropanoídicos são menos abundantes e menos diversificados do que os terpenos, mas algumas plantas (como o cravo e a canela) apresentam derivados fenilpropanoídicos em grandes quantidades. Os óleos essenciais podem ser obtidos de diferentes partes das plantas – flores, pétalas, folhas, frutos, raízes e casca de árvores.

Observou-se que os óleos essenciais aumentam a diversidade de algumas bactérias metanogênicas (bactérias do tipo Archea). Porém, no caso das bactérias metanogênicas comuns, o efeito dos óleos essenciais é de diminuir a produção de metano. Um dos primeiros estudos realizados com óleos essenciais para a diminuir a produção de metano.

 

fonte:blog ecodesenvolvimento

A realidade da reciclagem no Brasil

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Na terça passada, a convite da Coca-cola, conheci a ONG Doe Seu Lixo no Rio de Janeiro que junto com o Instituto Coca-cola ajuda coperativas de reciclagem do Brasil inteiro a se profissionalizarem. É sensacional o trabalho que eles fazem, dignificando a profissão de catador de materiais recicláveis, oferecendo cursos e profissionalização para as coperativas e gerando renda.

Qualquer pessoa que estuda um pouco sobre reciclagem no Brasil sabe que ela só deu “certo” por causa da miséria, ou seja, se a reciclagem no Brasil hoje existe não é por conscientização ambiental ou por preocupação da administração pública com o meio ambiente, ela existe mal e porcamente por conta de pessoas que viram no lixo uma alternativa de sobrevivência. São poucos os exemplos de cidades que implantaram um sistema de coleta seletiva eficiente, a coleta seletiva e a reciclagem no Brasil ainda não é regra geral. Segundo dados do IBGE na região norte do país, por exemplo, a coleta seletiva praticamente inexiste (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável – 2008).

Portanto, falar de coleta seletiva no Brasil ainda não é uma realidade, a reciclagem pode até acontecer, como no caso das latinhas de alumínio que conseguimos reciclar mais de 90%, mas os outros materiais variam em torno de 45% a 55% ainda, mas uma coleta organizada e efetiva ainda é muito incipiente na grande maioria das cidades brasileiras.

E a reciclagem dos 3% do lixo brasileiro como acontece na grande maioria das vezes? Por meio das coperativas de catadores de materias recicláveis, são essas pessoas que por causa da miséria encontraram no lixo uma alternativa de vida digna.

Esse evento que participei na semana passada foi para promover a Semana do otimismo que transforma da Coca-cola. Não vou dizer o que penso sobre esse “evento”, já falei sobre a empresa em outros posts, não é de hoje que a marca vem tentando se associar ao tema sustentabilidade e portanto vou dar um voto de confiança que ela tem tentado, não sei se da melhor forma ou de forma acertada, mas é uma preocupação e o que ela fez e faz por meio do Instituto Coca-cola para as coperativas atendidas pela ONG Doe Seu Lixo me pareceu muito legítimo. Pelas palavras da diretora-executiva, Claudia Lorenzo, do Instituto Coca-cola ainda é muito pouco o que é feito perto da importância e da relevância da marca Coca-cola para o mundo (são 125 anos de empresa no mundo e 70 anos no Brasil), ela sabe que tem um desafio monumental pela frente e diante dos apenas 5 anos do Instituto acho que tem seguido um bom caminho.

fonte: blog ecodesenvolvimento em 24/05/2011

Rio+20 inicia contagem regressiva por economia verde

Primeiro documento sobre a cúpula que acontece em junho traz como principais pontos a defesa do meio ambiente e a luta contra a pobreza

Floresta Amazônica

Brasília – A Cúpula de Desenvolvimento Sustentável Rio+20, que a ONU realizará em junho no Brasil, começou a contagem regressiva para conduzir o mundo em direção a uma nova economia verde e social.

O primeiro esboço do documento da conferência, intitulado “O Futuro que Queremos”, divulgado há uma semana, é, por enquanto, uma vaga declaração de princípios, embora indique o caminho: o compromisso para que o mundo faça uma transição em direção a uma “Economia Verde” que integre a luta contra a pobreza e o respeito ao meio ambiente.

“A grande oportunidade da cúpula Rio+20 será a de assentar as bases para uma maneira diferente de conceber e medir nossa economia: o que precisamos é de uma economia que seja medida pelo bem-estar que produz”, disse à AFP o diretor da ONG Amigos da Terra, Roberto Smeraldi, que na Cúpula da Terra, realizada há 20 anos, liderou o comitê da sociedade civil.

A crise econômica no mundo e o esgotamento dos recursos alimentaram um “desencanto geral com o paradigma econômico dominante” e o que o mundo precisa é de outro “paradigma no qual a riqueza material não tenha que ser obtida às custas da escassez ecológica e de disparidades sociais”, afirma o documento da agência da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA).

O documento base para a Rio+20 reconhece as “limitações” do PIB como sistema único para medir a riqueza dos países e propõe criar “indicadores complementares que integrem as dimensões econômica, social e ambiental”.

Uma das grandes propostas é que sejam definidos “Objetivos do Desenvolvimento Sustentável” que obriguem os países a assumir metas de segurança alimentar, acesso à água, empregos verdes e até mesmo “padrões de produção e consumo sustentável”, entre outros.

Em 2000, 192 países assinaram os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, destinados a erradicar a pobreza. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável seriam complementares, embora, por enquanto, não esteja prevista sua adoção em junho, mas uma definição, já que esta não será uma cúpula de “acordos vinculantes”, afirmou na semana passada a ministra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

A abordagem de “objetivos como segurança alimentar, acesso à energia renovável ou cidades sustentáveis (entre outros), significa uma atualização de quais são as necessidades do desenvolvimento sustentável”, explica Jacob Werksman, diretor do programa de Governança da organização de especialistas americanos World Resources Institute (WRI), para quem o texto divulgado, no entanto, é vago e carece da força de uma declaração final.

“Esta primeira versão do documento da Conferência está no rumo certo, mas com a magnitude equivocada”, avaliou o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), que considera que os compromissos dos governantes esperados na Cúpula Rio+20 em junho precisarão ser muito maiores.

Esta será a quarta cúpula mundial vinculada ao meio-ambiente depois de Estocolmo, em 1972, Rio, em 1992, e Johannesburgo, em 2002. Além de governantes, participam milhares de representantes da sociedade civil e empresarial.

Há 20 anos, a Cúpula da Terra Eco 92 reuniu mais de 100 governantes do planeta. Mas a menos de seis meses desta Rio+20 e em meio à atual crise econômica, não se sabe se os líderes mundiais comparecerão em massa, como fizeram na anterior, e o grau de compromisso que estarão dispostos a assumir.

Uma questão, por exemplo, é se o presidente da maior economia do planeta, Barack Obama, se aventurará em plena campanha eleitoral a um tema antipático aos hostis concorrentes republicanos.

“Queremos uma conferência que seja um sucesso. Isso exigirá uma participação intensa – ao mais alto nível de chefes de Estado – e um resultado forte” que leve a “um documento político relevante com ações concretas, (…) um documento cheio de generalidades não nos serve”, expressou à AFP o diretor do Centro de Informação da ONU no Brasil, Giancarlo Summa.

fonte: Revista Exame

O nais grave acidente de trânsito da história…

Acidente entre três veículos deixa mortos no interior da BA, diz polícia

Polícia Rodoviária Federal informa que foram registradas 36 mortes.
Colisão ocorreu na BR 116, na cidade de Milagres, no interior do estado.

Acidente entre três veículos deixa mortos no interior da BA, diz polícia (Foto: Zenilton Meira/ AE)Trabalhadores viajavam no ônibus (Foto: Zenilton Meira/ Agência A Tarde/ AE)

Um acidente ocorrido na BR-116, na região da cidade de Milagres, no interior da Bahia, deixou 36 mortos e 11 feridos na madrugada deste sábado (3), segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A colisão envolveu um ônibus que transportava trabalhadores do corte de cana, um caminhão e uma carreta carregada com materiais de escritório. Os trabalhadores seguiam da cidade de Jateí, em Mato Grosso do Sul, para Pedra e Buíque, no Agreste de Pernambuco.

O acidente aconteceu no km 583 da rodovia, região conhecida como “Serra do 100”. De acordo com as informações da PRF de Milagres, o local é uma ladeira. No trecho, a estrada é composta por três pistas, duas utilizadas para subida e uma usada para descida.

De acordo com a polícia, o ônibus com os trabalhadores fazia uma ultrapassagem permitida nas duas vias de subida no momento em que a carreta descia a estrada no sentido contrário.

A colisão ocorreu em um trecho logo após uma curva. O motorista da carreta teria perdido o controle e o semi-reboque que ela transportava teria invadido a pista contrária, atingindo o ônibus e jogando-o para fora da pista.

Acidente entre três veículos deixa mortos no interior da BA, diz polícia (Foto: Wellington Ferreira/ Jequié Repórter)Alguns corpos foram levados para o IML de Jequié
(Foto: Wellington Ferreira/ Jequié Repórter)

Feridos
Segundo a PRF, os feridos foram levados para hospitais nas cidades de Jaguaquara e Jequié. Em Jaguaquara, o hospital informou que apenas um homem chegou à unidade. Ele foi encaminhado em estado grave para o Hospital Prado Valadares, em Jequié.

Em Jequié, a assistência social do hospital informou que os funcionários da unidade não estão autorizados a informar o estado de saúde das vítimas e que a Polícia Rodoviária Federal enviou um funcionário de Salvador, que será responsável por transmitir, via entrevista coletiva, os detalhes do acidente e as informações sobre o estado de saúde das vítimas. O horário da entrevista ainda não foi divulgado.

O Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Jequié informou que havia recebido a confirmação de 31 mortes. Segundo o DPT, 11 corpos seriam mantidos na estrutura do IML de Jequié e, os demais, enviados para Guanambi e Vitória da Conquista.

 

fonte: G1

Em defesa do uso de sacolas plásticas

ecobag-enganacao.jpg“Eu não sou de plástico…e sou 200 vezes mais prejudicial que sacolas plásticas!”

Não. Não quero só causar polêmica e ser do contra. Quero realmente defender o uso de sacolas plásticas. Acho engraçado como muitas vezes as pessoas passam a demonizar certas coisas apenas porque ouviram falar que ela causa mal ao planeta. Mas será que realmente uma sacola de plástico pode ser tão ruim para o ambiente?

Claro que sim. Tudo depende do seu uso. Se você for no mercado, colocar 4 sacos de plástico (no Rio chamamos de sacos e não sacolas) para levar para casa uma revista e depois jogar todos eles no lixo comum eles podem parar em um lixão. Do lixão é um passo para ambientes aquáticos, onde elas realmente podem fazer um estrago. Então a lógica é bem simples. Vamos proibir sacolas plásticas, então as pessoas não vão mais utilizar esse material, não teremos mais sacolas nos lixões e os animais marinhos estão salvos! Ótimo raciocínio, tirando a parte em que considera todas as pessoas incapazes de aprenderem a destinar corretamente o seu lixo. Ao invés de investirmos em programas educativos para as pessoas entenderem como destinar o seu lixo, utilizamos uma técnica medieval de proibir algo que não causa nenhum mal desde que seja usado da forma correta. Típico de uma nação de idiotas.

E o problema não é só isso. Os “defensores do planeta” não só demonizam as sacolas plásticas como tem orgulho de usar a solução para todos os problemas: a Ecobag. Eles compram uma para cada situação: ida ao mercado, a padaria, ao shopping… tem todas as cores, mas claro que a Ecobag verde é a preferida! Assim eles podem reutilizar a Ecobag diversas vezes e dormirem tranquilos pois estão ajudando o planeta. E é claro que todos aqueles que usam sacolas plásticas são infiéis e devem arder no mármore do inferno. Uma pena é que as Ecobags podem ser até 200 mais vezes mais prejudiciais ao clima do que as sacolas plásticas. Blasfêmia! Gritaria algum ambientalista. Mas não é. O Bruno Rezende fezum ótimo post sobre assunto.

                                                Hipocrisia-ambientalista-ecobag.jpg
 “Uso Ecobag e participo da hora do planeta!”

Claro que existem sim outros problemas com as sacolas plásticas. Mas para mim todos eles são passíveis de serem resolvidos, sem medidas extremas. Em primeiro lugar as sacolas não deveriam ser entregues de forma gratuita em supermercados. Elas deveriam ser cobradas do cliente, que compraria o número de sacolas que achasse necessário para levar suas compras para casa. Isso diminuiria o consumo e aumentaria a consciência do consumidor, mesmo que de forma relativa ao atingir o seu bolso. Em segundo lugar, as sacolas deveriam ter um padrão mínimo de resistência para poderem ser reutilizadas de forma mais eficiente. Muitos supermercados usam hoje em dia sacolas muito finas, que acabam fomentando o mau hábito de usar 2 ou até 3 sacolas ao mesmo tempo para poder carregar produtos mais pesados.

Tive uma ideia revolucionária? Claro que não. Mês passado estive na Dinamarca fazendo parte do meu doutorado onde este sistema é usado há décadas. No primeiro dia comprei uma sacola por aproximadamente 3 reais e usei ela o mês inteiro. Simples, fácil de guardar, 100% reciclável, forte e durável. Preciso de uma Ecobag? Claro que não. Só preciso de uma Ecobag se quero mostrar para os outros o quanto eu me preocupo com o planeta, mesmo estando redondamente enganado.

Escrito por Luiz Bento em Abril 5, 2011 3:20 PM

A embalagem, o lixo e o ciclo de vida

Acho que aqui no blog nunca critiquei as embalagens de plástico de origem vegetal, então chegou a hora de falar. Plásticos que são de origem vegetal e não são biodegradáveis não tem meu apoio.

O “bioplástico” mais famoso e falado que tem é o da Braskem, feito de cana-de-açúcar, tá, ótimo, origem renovável e o destino dele qual é? O lixão da cidade, o córrego, o bueiro… E ai? Que vantagem Maria leva? Ah, o plástico é reciclável… Convenhamos, a grande maioria dos plásticos são recicláveis, o problema não é ele ser ou não reciclável e sim, ele ir de fato para a reciclagem. Acho que ele seria muito mais útil se fosse biodegradável, tipo, depois de 3 meses ele já está reintegrado ao ambiente. E não falo de micropartículas de plástico que ficarão lá eternamente, eu falo de decomposição que contribua e agregue alguma coisa ao solo, se é que isso seja possível.

Uma dúvida de ignorante, será que na hora da reciclagem esse plástico de origem vegetal se integra totalmente ao plástico de origem fóssil? Pois afinal, quando você compra algum objeto de plástico e manda-o pra reciclagem você não sabe qual a origem dele e na hora que mistura todos os tipos de plásitco não atrapalha na reciclagem? Eu sei que cor de vidro é uma coisa séria, assim como a cor do plástico na hora da reciclagem e a origem do plástico alguém já sabe? Se ele for examente igual ao plástico de origem fóssil você já sabe o que acontece quando ele não vai pra reciclagem, né?

Há algumas semanas a Pepsico lançou sua embalagem ecológica dizendo que são 100% recicláveis, tá, até onde eu sei todas as garrafas PET também são, mas isso nunca garantiu que 100% delas fossem recicladas e será que se eu mandar essas garrafas pra reciclagem junto com as PET convencionais vai ter algum problema?

Não entendo com tanto blablabla de sustentabilidade as empresas ainda estão pensando ainda só de um lado da questão. É bom lembrar que agora temos a Política Nacional de Resíduos Sólidos que resposabiliza todos pelos resíduos gerados, será que só agora vão se dar conta que olhar só a origem do produto ou da embalagem já não é mais suficiente?

Sugiro para as empresas que ao invés de ficar gastando dinheiro em como fazer produtos e embalagens com matéria-primas renováveis e alternativas por que não pensam em tentar reciclar, reutilizar ou abolir embalgens? Que tal venda de sorvete, refrigerante e bolachas a granel? Quando eu vejo essa ausência de inovação que fará com que as pessoas mudem de fato seu comportamento para um mundo mais sustentável eu quase desacredito na sustentabilidade, eu chego a acreditar que quando as empresas falam desse assunto é, de fato, apenas marketing. Vejo que ninguém quer mudar comportamento, o máximo que fazem é mudar a matéria-prima e continuam fazendo o resto tudo igual. De verdade o mundo não vai ser melhor e mais sustentável se ao invés de continuar consumindo milhares de escovas de dente, garrafas ou copos de plástico de origem fóssil, a partir de agora o plástico for de origem renovável. Resolver só um lado da equação não resolve o problema, a vida do produto não acaba depois que você o joga fora.

fonte: http://scienceblogs.com.br