A REGIÃO DE ILHÉUS PRECISA DE UM CETAS

 

A região de Ilhéus,sul da bahia, precisa urgentemente de um CETAS – Centro de Triagem de Animais Silvestres. Este equipamento é de fundamental importância para a proteção da fauna ,haja visto,que o processo de crescimento das áreas urbanas das cidades,principalmente Ilhéus-Itabuna, aqui na região, e também a ação de criminosos que muitas vezes quando não matam,ferem gravemente os animais durante a caça ilegal, acaba provocando uma demanda muito grande de animais em situação de risco. Outra grave situação que pede a criação de um CETAS é  a ação do tráfico de animais que na grande maioria das vezes acaba matando e ferindo gravemente os animais  e em alguns casos,quando as polícias flagram esse crime e resgatam os animais , estes na sua maioria já estão mortos ou feridos, necessitando ,com isso, de um lugar onde possam ser tratados e preparados para soltura,se possível. Sabemos que existe um CETAS no município de Porto Seguro a aproximadamente 300 km de Ilhéus e que funciona em uma área da CEPLAC ,que também abriga a única CIA PM ambiental da região,mas a cada dia se contata a necessidade de termos um centro deste aqui no eixo Ilhéus – Itabuna,pois,estamos acompanhando a dificuldade do IBAMA,do INEMA e do Corpo de Bombeiros para lidar com a captura e o resgate de animais silvestres na região.Não se tem estrutura alguma,equipamentos nem se fala para lidar com a situação e o que vemos é um “Deus nos acuda” e jogo de empurra com a situação.Precisamos discutir a criação de mais um CETAS  e a criação de mais uma CIA AMBIENTAL da PM no município de Ilhéus.

Propriedades orgânicas e trabalho voluntário

Passeando pela internet encontrei oportunidade de emprego temporário em fazendas na Nova Zelândia, já tinha ouvido falar de coisas do gênero, mas nunca procurado nada a respeito e achei uma possibilidade interessante de se conhecer esse país. Resolvi perguntar para um conhecido que mora lá sobre esse tipo de trabalho e se ele sabia de algo mais também sobre fazendas orgânicas e talz. Pois bem, ele me passou o link de uma organização sensacional a World Wide Opportunities on Organic Farms (WWOOF) (Rede mundial de oportunidades em Fazendas Orgânicas).

foto: http://tinyfarmblog.com/japan-to-the-field/

Essa rede une propriedades com produção orgânica e pessoas querendo aprender mais sobre o assunto, essas propriedades oferecem estadia, comida e as pessoas trabalham voluntariamente, simples assim.

Para você achar uma fazendoa que te receba você tem que se inscrever como membro pagando $38 a anuidade. Ai você escolhe a fazenda, entra em contato com os proprietários e combina tudo com eles.

A fundadora dessa rede que existe desde muito antes da internet (desde a década de 70) Susan Coppard conta um pouco dessa experiência na revista Vida Simples.

O casal do blog Casa na Viagem está viajando por várias fazendas brasileiras que pertence ao WWOOF e mostrando um pouco de cada uma, pelo relato deles, não consegui entender se necessariamente eles estão fazendo trabalho voluntário em cada uma delas, mas dá pra ter uma ideia de como são as fazendas e as belezas de cada uma delas.

Tô pensando seriamente em me aventurar numa fazendas dessas ao redor do mundo, alguém tem alguma experiência para contar?

TAGS fonte:science blogs

Rio+20–Comida, Consumo e Comportamento

Portugese

Eu queria ter feito desse blog o meu diário da Rio+20, gostaria de ter colocado um post por dia contando tudo que vi e senti nesses dias, mas infelizmente fazer isso não seria assim tão simples como eu imaginava. O Parque dos Atletas fica longe pra caramba da Zona Sul (onde estou hospedada) e nenhum dos dias eu sai do meu trabalho às 16h e voltei direto para casa, sempre ficava por lá pra ver alguma palestra, passear pelos stands, conversar com alguém ou simplesmente ir para um happy hour com os voluntários. Convenhamos que frequência e regularidade nunca foi o forte desse blog, agora não seria diferente.

No dia 18 eu consegui ir assistir um dos Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável, na verdade só vi esse por que ninguém sabia me informar de fato se era aberto ao público, a assessoria de imprensa me dizia que sim, as pessoas que estavam trabalhando lá diziam que não ou que não tinham certeza, até que uma das minhas amigas voluntárias foi lá tentar e conseguiu, segui os passos dela e foi ótimo pois conhecer o Riocentro foi muito legal.

Cheguei no fim dos diálogos sustentáveis sobre a água e nem vi muita coisa, mas entre um diálogo e outro eu acabei descobrindo lá perto do palco um cara que eu admiro muito: Muhammad Yunus, Prêmio Nobel da Paz de 2006. Li esse ano um dos livros dele e fiquei mais encantada com toda a história dele, o pai do microcrédito.

DSC02291Eu e Muhammad Yunus.

O Diálogos que assisti foi o sobre Cidades Sustentáveis e Inovação moderado pelo André Trigueiro. Achei uma forma muito legal de debater assuntos, mas vou ser sincera, a democracia às vezes me cansa, mas é sensacional vê-la acontecendo. Acho que o processo dos diálogos me encantou mais do que o assunto debatido ou a que conclusões foram chegadas. Achei tudo superficial e genérico demais.

Se você quiser um rápido resumo da Rio+20 do ponto de vista das cidades, acho que o Cidades e Soluções tem uma resumo bem bom: Um giro pelos eventos paralelos da Rio+20.

Como esse post foi sem foco vou fazer um listinha de outros posts (ou talvez faça um só mesmo) que quero fazer sobre a Rio+20 pra eu não esquecer:

  • ser voluntária num grande evento;
  • as impressões das pessoas que foram/ participaram do evento;
  • comida, consumo e comportamento;
  • eventos paralelos.

Caso algum outro assunto apareça ele entra depois.

fonte: eco desenvolvimento

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As araras maracanã estão sumindo da caatinga

Uma pesquisa recente no Rio Grande do Norte mostrou sinais preocupantes da redução das populações de arara maracanã-verdadeira (Primolius maracana) na caatinga. A situação da ave é bem conhecida no Sul e Sudeste do Brasil. Mas sua condição no Nordeste, mais crítica, é pouco investigada ainda. O estudo, feito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pela Fundação Norte Rio Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) concluiu que a população dessa ave na Serra da Santana, no estado, está em declínio. O levantamento foi financiado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

“Moradores relataram que, antigamente, os bandos que eles observavam eram muito maiores e chegavam a ter até 30 aves. Agora, os bandos são menores, com cerca de 8 ou 10, raramente mais que 10 aves”, diz Mauro Pichorim, coordenador do estudo. A equipe está estudando a sugestão de áreas de conservação para garantir a sobrevivência das aves na região. E a instalação de caixas que funcionam como ninhos artificiais, para facilitar a reprodução da espécie.

A caatinga é um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo. É considerado um dos hot spots de biodiversidade pela riqueza da fauna e flora e pela velocidade como que os ambientes naturais estão acabando. A ararinha azul, estrela do desenho “Rio”, extinta na natureza, foi uma das vítimas dessa devastação.

(Alexandre Mansur)

Fotos: Departamento de Botânica, Ecologia e Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Comunidade científica pede que o Código Florestal não seja votado

Desastre, tragédia… Os termos escolhidos por cientistas e pesquisadores para definir o que acontecerá caso o novo Código Florestal seja aprovado são, propositalmente, de causar medo. Nos últimos dois anos, a discussão sobre o que deveria ser modificado na lei foi polarizada entre ambientalistas e ruralistas. Por essa razão, a entrada em cena, no começo deste ano, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), tem tanto significado.

Membros da SPBC elaboraram juntamente com os da ABC um documento em que dão seu parecer técnico com o justo intuito de embasar as discussões de forma isenta aos interesses de um lado ou de outro.

Para a votação que deve ocorrer na tarde de hoje no Senado, os senadores têm em mãos a carta enviada na semana passada pela presidente da SBPC, Helena Nader. No texto, Helena pede que a proposta do novo Códigonão entre em votação sem que tenham sido incorporadas as recomendações da comunidade científica.

Também afirma que uma lei sem base científica significará um retrocesso ambiental que inviabilizará inclusive o agronegócio brasileiro. “Vossa Excelência tem o poder de evitar que a votação do novo Código Florestal entre para a história do Brasil como um dos maiores equívocos já cometidos por nossos parlamentares, propondoemendas que aperfeiçoem o texto do PLC 30/2011 e lutando para que sejam aprovadas no Plenário do Senado, antes de voltar para a Câmara dos Deputados”, diz o texto.

Confira abaixo os pontos que devem ser revistos, segundo a SBPC:

As Áreas de Preservação Permanente (APPs) de cursos d’água devem ser consideradas desde o seu nível mais alto em faixa marginal. A situação existente entre o menor e o maior leito sazonal (as várzeas, os campos úmidos, as florestas paludícolas e outras) deve receber na lei, o mesmo status de proteção das APPs, pois  sua conservação garante a manutenção dos serviços ambientais.

Em uma reportagem publicada hoje no jornal O Estado de São Paulo, a pesquisadora Maria Tereza Piedade, diretora do grupo dedicado às áreas úmidas do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa) alerta que as florestas inundáveis (que ficam debaixo da água durante o período chuvoso amazônico) ocupam 400 mil quilômetros quadrados. A área equivale ao tamanho de dois estados de São Paulo. Somados os diversos tipos de áreas úmidas (várzeas, mangues), a área alagada chega a 1,5 milhão de quilômetros quadrados.

Vista da Floresta Amazônica. (Foto: Wikimedia Commons)

O Código Florestal não deve admitir práticas da aqüicultura em APPs nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais. Isto permitirá atividades de carcinicultura (criação de camarão) em áreas de mangue e qualquer outro tipo de aqüicultura, inclusive com espécies exóticas, em qualquer tipo de APP.

O módulo fiscal é uma unidade de medida determinada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que varia de acordo com o estado. Ele pode medir de 5 a 110 hectares.

A definição dos limites de área e período máximo para pousio deve considerar as peculiaridades de cada bioma. Em APPs, o pousio deve ser aplicado apenas para a regulamentação das práticas agrícolas de comunidades tradicionais, respeitando as suas peculiaridades.

Pousio é a interrupção da colheita por tempo determinado a fim de recuperar a fertilidade do solo.

O novo Código não deve admitir o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel. Não se justifica cientificamente tal inclusão pois as APPs e RLs apresentam estruturas e funções distintas e comunidades biológicas complementares.

O Artigo 67, §3º que trata da recomposição da Reserva Legal deve explicitar que o uso de espécies exóticassomente será permitido de forma temporária, nas fases iniciais da restauração e combinado com o uso de espécies nativas regionais.

A permissão do uso de espécies exóticas em até 50% da RL é extremamente prejudicial para as principais funções da RL: conservação da biodiversidade nativa e uso sustentável de recursos naturais, que são as motivações originais para a instituição da RL.

Esta conservação abre a possibilidade de um diferencial a favor da agricultura brasileira, como agricultura com sustentabilidade ambiental. O uso de espécies exóticas na RL vai anular esse diferencial.

 

fonte:revista época

A China já consome metade do carvão do mundo

A China já consome metade do carvão do mundo. Essa é a fonte mais suja de energia, do ponto de vista da atmosfera. O carvão mineral, que queima nas termelétricas do mundo, e principalmente da China, é o combustível que mais emite gás carbônico para cada watt gerado. Como é um material ainda abundante e barato, é difícil convencer os países emergentes asiáticos a abrir mão do recurso, em nome do equilíbrio do clima global.

Segundo um levantamento recente do Centro de Informações Energéticas (EIA) do governo americano, a demanda por carvão quase dobrou desde 1980 no mundo. O consumo na Ásia cresceu 5 vezes. Cerca de 73% do consumo da região é da China. O gráfico animado está no site da EIA.

Por mais que a China invista em energia hidrelétrica (com a construção de Três Gargantas, a maior do mundo) ou energia eólica (área onde o país já é lider mundial), continua presa ao carvão. É por isso que, no acordo climático recentemente firmado em Durban, o país só promete reduzir quanto carbono emite por dólar gerado.

(Alexandre Mansur)

Ruminantes, plantas e efeito estufa

O metano (CH4) é um dos gases que causam efeito estufa na atmosfera terrestre, e é produzido pela fermentação entérica anaeróbica de alimentos de vários animais, principalmente os ruminantes (dentre os quais o gado bovino, as cabras, e ovelhas e cavalos). O problema é que o gás metano apresenta um “efeito estufa potencial” 21 vezes maior do que o dióxido de carbono (CO2). Além disso, estima-se que a população mundial de ruminantes é responsável pela produção de 15% de todo o gás metano da atmosfera. Finalmente, o metano produzido pelos ruminantes representa cerca de 2 a 15% de perda de energética dos alimentos destes animais.O metano produzido por ruminantes é reconhecidamente um problema ambiental. 

Consequentemente, o investimento em pesquisa para se minimizar a produção de metano por ruminantes têm sido significativo. Foram desenvolvidos vários aditivos químicos para serem incorporados ao alimento do gado para se diminuir a produção de metano. Porém, vários destes aditivos apresentam certo grau de toxicidade, e atuam apenas de maneira parcial; muitos não são completamente degradados no trato digestivo destes animais, e podem gerar resíduos químicos indesejáveis; finalmente, alguns destes aditivos são antibióticos para reduzir a flora de bactérias que produzem metano (bactérias metanogênicas), e estas bactérias podem adquirir resistência a estes antibióticos. Ou seja, tais aditivos químicos estão longe de ser a solução ideal para a redução da emissão de gases metano por ruminantes.

Uma alternativa é o uso de plantas que apresentam substâncias químicas que inibem bactérias metanogênicas, ou ainda a produção de metano por estas bactérias. Estas plantas apresentam substâncias químicas conhecidas como produtos do metabolismo secundário (produtos naturais), que interagem com os micro-organismos da flora dos ruminantes e podem contribuir significativamente para a redução da produção de metano.


Saponinas
Saponinas são derivados de triterpenos glicosilados. Triterpenos são substâncias com 30 átomos de carbono, ou menos (porque alguns átomos de carbono são eliminados nos caminhos bioquímicos que levam à formação dos “triterpenos degradados”). Por exemplo, os esteróis e esteróides se originam de uma cadeia de 30 átomos de carbono, a qual pode ser diminuída a até 25, dependendo de como estas substâncias são formadas. As saponinas são triterpenos ou esteróis modificados, ligados a uma ou mais de uma molécula de açúcares (existem 8 açúcares naturais com seis átomos de carbono, as hexoses). O nome “saponina” se origina do fato que muitas destas substâncias atuam como detergentes, até mesmo produzindo espuma em meio aquoso. As saponinas têm ampla distribuição no reino vegetal.

Observou-se que grandes concentrações de saponinas causam efeito direto sobre as bactérias metanogênicas, fazendo com que estas diminuam a produção de metano. Algumas saponinas diminuem a atividade de genes reguladores da produção de metano, ou a taxa de produção de metano em células metanogênicas. Alguns protozoários presentes no trato digestivo de ruminantes também podem produzir metano, e algumas saponinas apresentam ação anti-parasítica contra estes protozoários, ligando-se às suas membranas celulares.

A sarsaponina, presente no amido da batata, é a saponina mais efetiva como redutora da metanogênese.

O mais interessante é que a presença de saponinas em plantas adicionadas ao alimento dos ruminantes não diminui a palatabilidade dos alimentos, ou a sua assimilação. Ou seja, a utilização de plantas com saponinas não diminui a qualidade nutricional dos alimentos oferecidos para ruminantes. Na verdade, em alguns casos a presença de saponinas nos alimentos dos ruminantes parece estimular o apetite destes animais. A eventual perda de “digestibilidade” devido à presença de saponinas é que estas podem apresentar atividade anti-bacteriana ou anti-fúngica contra micro-organismos celulolíticos presentes no trato digestivo dos ruminantes. Estes micro-organismos têm enzimas que degradam a celulose presente nos vegetais dos quais os animais se alimentam. Este é o único impedimento observado no caso de se utilizar plantas com saponinas como aditivo aos alimentos de ruminantes.

Taninos
Taninos são polímeros polifenólicos hidrossolúveis (solúveis em água), alguns de alto peso molecular, que podem se agregar com proteínas. Os taninos estão presentes em muitas plantas utilizadas na alimentação de ruminantes, como gramíneas, legumes, frutas, cereais e grãos.

Não se tem informações precisas sobre os efeitos de taninos sobre bactérias metanogênicas. A ação anti-metanogênica dos taninos pode estar relacionada à inativação de proteínas funcionais (enzimas). Além disso, a ação dos taninos depende do tipo de tanino presente na planta incluída na dieta dos ruminantes, bem como da quantidade em que estão presentes nestas plantas. Provavelmente sua ação também inclui a inibição do crescimento de bactérias metanogênicas, bem como uma possível ação bactericida.

Vários tipos de plantas utilizadas na alimentação de ruminantes apresentam taninos que promovem a diminuição da produção de metano pelas bactérias metanogênicas. Também alguns frutos utilizados para o mesmo fim podem reduzir a produção de metano. O problema é que várias bactérias desenvolvem a capacidade de metabolizar taninos, e estes perdem sua eficácia após algum tempo de uso na ração de ruminantes. Bactérias metanogênicas outras do que aquelas encontradas nos animais mostraram ser suscetíveis a taninos até por 2 meses, no máximo.

Outro problema associado à inclusão de plantas com taninos na dieta de ruminantes é que os taninos afetam a palatabilidade do alimento, bem como da digestibilidade do alimento. Taninos podem ser incluídos em até no máximo 5% do total dos aditivos adicionados à dieta dos animais. A ação antibiótica dos taninos pode comprometer a flora digestiva dos ruminantes, prejudicando sua capacidade de digestão. Logo, o uso de taninos para reduzir a metanogênese apresenta eficácia limitada.


Óleos essenciais
Os óleos essenciais vegetais constituem a parte volátil da composição das plantas. São substâncias químicas de baixo peso molecular, frequentemente utilizadas como aromatizantes e flavorizantes (para melhorar o aroma e o sabor de alimentos). Os dois principais grupos de constituintes dos óleos essenciais são os terpenos e os derivados fenilpropanoídicos. Dentre os primeiros se incluem os monoterpenos (com 10 átomos de carbono) e os sesquiterpenos (com 15 átomos de carbono). Já os derivados fenilpropanoídicos são formados por 9 átomos de carbono.

Os terpenos são extremamente diversificados, e estão presentes em todas as plantas. Já os derivados fenilpropanoídicos são menos abundantes e menos diversificados do que os terpenos, mas algumas plantas (como o cravo e a canela) apresentam derivados fenilpropanoídicos em grandes quantidades. Os óleos essenciais podem ser obtidos de diferentes partes das plantas – flores, pétalas, folhas, frutos, raízes e casca de árvores.

Observou-se que os óleos essenciais aumentam a diversidade de algumas bactérias metanogênicas (bactérias do tipo Archea). Porém, no caso das bactérias metanogênicas comuns, o efeito dos óleos essenciais é de diminuir a produção de metano. Um dos primeiros estudos realizados com óleos essenciais para a diminuir a produção de metano.

 

fonte:blog ecodesenvolvimento

A realidade da reciclagem no Brasil

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Na terça passada, a convite da Coca-cola, conheci a ONG Doe Seu Lixo no Rio de Janeiro que junto com o Instituto Coca-cola ajuda coperativas de reciclagem do Brasil inteiro a se profissionalizarem. É sensacional o trabalho que eles fazem, dignificando a profissão de catador de materiais recicláveis, oferecendo cursos e profissionalização para as coperativas e gerando renda.

Qualquer pessoa que estuda um pouco sobre reciclagem no Brasil sabe que ela só deu “certo” por causa da miséria, ou seja, se a reciclagem no Brasil hoje existe não é por conscientização ambiental ou por preocupação da administração pública com o meio ambiente, ela existe mal e porcamente por conta de pessoas que viram no lixo uma alternativa de sobrevivência. São poucos os exemplos de cidades que implantaram um sistema de coleta seletiva eficiente, a coleta seletiva e a reciclagem no Brasil ainda não é regra geral. Segundo dados do IBGE na região norte do país, por exemplo, a coleta seletiva praticamente inexiste (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável – 2008).

Portanto, falar de coleta seletiva no Brasil ainda não é uma realidade, a reciclagem pode até acontecer, como no caso das latinhas de alumínio que conseguimos reciclar mais de 90%, mas os outros materiais variam em torno de 45% a 55% ainda, mas uma coleta organizada e efetiva ainda é muito incipiente na grande maioria das cidades brasileiras.

E a reciclagem dos 3% do lixo brasileiro como acontece na grande maioria das vezes? Por meio das coperativas de catadores de materias recicláveis, são essas pessoas que por causa da miséria encontraram no lixo uma alternativa de vida digna.

Esse evento que participei na semana passada foi para promover a Semana do otimismo que transforma da Coca-cola. Não vou dizer o que penso sobre esse “evento”, já falei sobre a empresa em outros posts, não é de hoje que a marca vem tentando se associar ao tema sustentabilidade e portanto vou dar um voto de confiança que ela tem tentado, não sei se da melhor forma ou de forma acertada, mas é uma preocupação e o que ela fez e faz por meio do Instituto Coca-cola para as coperativas atendidas pela ONG Doe Seu Lixo me pareceu muito legítimo. Pelas palavras da diretora-executiva, Claudia Lorenzo, do Instituto Coca-cola ainda é muito pouco o que é feito perto da importância e da relevância da marca Coca-cola para o mundo (são 125 anos de empresa no mundo e 70 anos no Brasil), ela sabe que tem um desafio monumental pela frente e diante dos apenas 5 anos do Instituto acho que tem seguido um bom caminho.

fonte: blog ecodesenvolvimento em 24/05/2011

Rio+20 inicia contagem regressiva por economia verde

Primeiro documento sobre a cúpula que acontece em junho traz como principais pontos a defesa do meio ambiente e a luta contra a pobreza

Floresta Amazônica

Brasília – A Cúpula de Desenvolvimento Sustentável Rio+20, que a ONU realizará em junho no Brasil, começou a contagem regressiva para conduzir o mundo em direção a uma nova economia verde e social.

O primeiro esboço do documento da conferência, intitulado “O Futuro que Queremos”, divulgado há uma semana, é, por enquanto, uma vaga declaração de princípios, embora indique o caminho: o compromisso para que o mundo faça uma transição em direção a uma “Economia Verde” que integre a luta contra a pobreza e o respeito ao meio ambiente.

“A grande oportunidade da cúpula Rio+20 será a de assentar as bases para uma maneira diferente de conceber e medir nossa economia: o que precisamos é de uma economia que seja medida pelo bem-estar que produz”, disse à AFP o diretor da ONG Amigos da Terra, Roberto Smeraldi, que na Cúpula da Terra, realizada há 20 anos, liderou o comitê da sociedade civil.

A crise econômica no mundo e o esgotamento dos recursos alimentaram um “desencanto geral com o paradigma econômico dominante” e o que o mundo precisa é de outro “paradigma no qual a riqueza material não tenha que ser obtida às custas da escassez ecológica e de disparidades sociais”, afirma o documento da agência da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA).

O documento base para a Rio+20 reconhece as “limitações” do PIB como sistema único para medir a riqueza dos países e propõe criar “indicadores complementares que integrem as dimensões econômica, social e ambiental”.

Uma das grandes propostas é que sejam definidos “Objetivos do Desenvolvimento Sustentável” que obriguem os países a assumir metas de segurança alimentar, acesso à água, empregos verdes e até mesmo “padrões de produção e consumo sustentável”, entre outros.

Em 2000, 192 países assinaram os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, destinados a erradicar a pobreza. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável seriam complementares, embora, por enquanto, não esteja prevista sua adoção em junho, mas uma definição, já que esta não será uma cúpula de “acordos vinculantes”, afirmou na semana passada a ministra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

A abordagem de “objetivos como segurança alimentar, acesso à energia renovável ou cidades sustentáveis (entre outros), significa uma atualização de quais são as necessidades do desenvolvimento sustentável”, explica Jacob Werksman, diretor do programa de Governança da organização de especialistas americanos World Resources Institute (WRI), para quem o texto divulgado, no entanto, é vago e carece da força de uma declaração final.

“Esta primeira versão do documento da Conferência está no rumo certo, mas com a magnitude equivocada”, avaliou o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), que considera que os compromissos dos governantes esperados na Cúpula Rio+20 em junho precisarão ser muito maiores.

Esta será a quarta cúpula mundial vinculada ao meio-ambiente depois de Estocolmo, em 1972, Rio, em 1992, e Johannesburgo, em 2002. Além de governantes, participam milhares de representantes da sociedade civil e empresarial.

Há 20 anos, a Cúpula da Terra Eco 92 reuniu mais de 100 governantes do planeta. Mas a menos de seis meses desta Rio+20 e em meio à atual crise econômica, não se sabe se os líderes mundiais comparecerão em massa, como fizeram na anterior, e o grau de compromisso que estarão dispostos a assumir.

Uma questão, por exemplo, é se o presidente da maior economia do planeta, Barack Obama, se aventurará em plena campanha eleitoral a um tema antipático aos hostis concorrentes republicanos.

“Queremos uma conferência que seja um sucesso. Isso exigirá uma participação intensa – ao mais alto nível de chefes de Estado – e um resultado forte” que leve a “um documento político relevante com ações concretas, (…) um documento cheio de generalidades não nos serve”, expressou à AFP o diretor do Centro de Informação da ONU no Brasil, Giancarlo Summa.

fonte: Revista Exame

Podemos mudar o mundo?

Mudar o mundo, quem um dia não sonhou com isso? Algumas pessoas simplesmente conseguem e fazem disso sua razão de viver, outras, como eu e a maioria da população do mundo, faz o que está ao alcance sem mudar de vida ou fazer disso o seu objetivo maior.
Foi pensando em mudar o mundo e no poder das redes sociais que a Mashable organizou a Social Good Summit, um evento que aconteceu em setembro passado mostrando os maiores exemplos e soluções encontradas no mundo para ajudar as pessoas por meio da internet, das redes sociais e da tecnologia.
Vamos durante essa semana (de amanhã até sexta) apresentar aqui no blog exemplos de sucesso de ONG, empresa social, na verdade pessoas, que souberam usar o melhor da tecnologia para conseguir atingir, engajar e envolver mais gente que também gostaria de ajudar o mundo a ser um lugar melhor.

A ideia com essa série de posts é tentar inspirar, tocar e mostrar o que de legal a combinação das novas mídias, a internet, a tecnologia, a vontade de mudar o mundo é capaz.

E aqui no Brasil?

Você já chegou a visitar o site das maiores e mais famosas ONGs do Brasil? Em uma pergunta rápida nas minhas redes sociais perguntei qual era a ONG brasileira mais famosa na opinião das pessoas. Listei algumas que foram citadas (não sei se são as maiores ou de fato as mais famosas) de origem brasileira e peço que você passeie pelos sites e depois compare com os sites e soluções que vamos mostrar ao longo da semana. Ok, eu sei, não dá pra comparar a quantidade de dinheiro que existe nos EUA e a cultura de doação que eles já tem enraizada, mas sempre podemos fazer melhor, não temos o orgulho de dizer que brasileiro é um povo criativo?

Na minha rápida pesquisa a ONG mais citada disparada foi a SOS Mata Atlântica. Talvez minha amostra seja um pouco enviesada para a área de meio ambiente, mas tendo a concordar que essa ONG é bem famosa sim, principalmente por suas campanhas que muitas vezes passam na até na TV.

Segue a lista das ONGs citadas:

SOS Mata Atlântica http://www.sosmatatlantica.org.br/
Ação cidadania http://www.acaodacidadania.com.br
Sou da paz http://www.soudapaz.org/
Projeto Tamar http://www.tamar.org.br/#
Saúde Criança http://www.saudecrianca.org.br
Instituto Alana http://www.alana.org.br/default.aspx
Instituto Akatu http://www.akatu.org.br/
Casa Hope http://hope.org.br/

ONGs conhecidas que não foram citadas:
AfroReggae http://www.afroreggae.org/
Projeto Axé http://www.projetoaxe.org.br/index.php
Sociedade Viva Cazuza http://www.vivacazuza.org.br/A minha avaliação é que os sites das ONGs brasileiras deveriam ser menos burocráticos e pensar mais em tentar envolver e tocar as pessoas. Alguns sites é possível perceber que estão meio abandonados. Sim, eu sei que manter um site não é fácil muitas vezes nem barato, mas esse é o cartão de visitas que as ONGs tem para atrair doadores, voluntários e multiplicadores do trabalho delas, essa “divulgação” tem que ser parte do trabalho até mesmo por questão de sobrevivência.
Não quero dizer com esse post que não temos nenhuma ONG brasileira ou algum projeto com um site bom e inovador ou soluções dignas de benchmarking (tem campanha de ONG que já conseguiu até ganhar Leão em Cannes), mas acredito que temos um caminho longo a percorrer em alguns aspectos como transparência, qualidade de todos os conteúdos produzidos, cultura de doação e relacionamento com todos os simpatizantes com a causa defendida pela entidade.
Segue alguns projetos/ sites brasileiros que pra mim são exemplo no melhor uso das redes sociais e da tecnologia, seja para ajudar as pessoas ou para simplesmente trazer mais conhecimento. Eles tem uma pegada mais sobre cidadania, democracia e políticas públicas, mas esses são os que eu consigo pensar no momento. Se você tiver mais para indicar, por favor, use a caixa de comentários! E claro, volte aqui durante a semana para conhecer o que diferente anda sendo feito nessa rede mundial de computadores para ajudar a mudar o mundo.

http://www.votenaweb.com.br/
http://issonaoenormal.com.br/

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por  Claudia Chow

Instituto Educação,Cultura e Cidadania Comunitária